À partida para o Rali da Alemanha não há como disfarçar que Sébastien Loeb é o principal favorito ao triunfo. Poder-se-ia dizer, mesmo, que Loeb parte para a prova teutónica com a vitória garantida, uma vez que dispõe de sete triunfos consecutivos neste rali.
Mas há sempre um 'mas'! E neste caso, o 'mas' vem em forma de dilema. É o que seis vezes Campeão do Mundo de Ralis tem que decidir se quer apostar tudo na sua oitava vitória consecutiva e voltar a registar o seu nome no Guiness dos recordes (desempatando com Marcus Gronholm que tem sete vitórias na Finlândia e Stig Blomqvist que tem também sete na Suécia, mas somando os triunfos antes da prova pertencer ao WRC) ou jogar pelo seguro e pensar apenas em somar alguns pontos para reforçar a sua liderança no Mundial. Dependendo do que Loeb definir como prioridade, se escreverá a história da prova germânica.
Mas será que a auréola de melhor piloto do mundo que alberga não será suficiente para conseguir juntar duas estratégias tão diversas? Se calhar, mesmo sem andar no limite o francês é capaz de se intrometer com alguma facilidade na luta pela vitória! Mas o mais provável, conhecendo-se como se conhece o atual campeão, é que Loeb dê o que tem para dar até porque uma vitória deixá-lo-á a somente dois triunfos do sétimo título que pode ser obtido no Rali de França, mesmo à porta de sua casa!
Por tudo isto, o mais certo é que os adversário que se dispuserem a fazer-lhe frente tenho consciência que vão ter que suar muito, num rali de difícil memorização, com 400 kms de troços cronometrados, dois dos quais com 48 km de extensão! Dos oitenta concorrentes inscritos e onde se incluem 20 World Rally Car, entre Citroen, Ford, Subaru, Skoda e Mitsubishi (tal como nos velhos tempos!), são Sébastien Ogier, Dani Sordo e Petter Solberg quem mais prometem dar luta a Loeb.
O primeiro porque se quer ter uma palavra a dizer na questão do título terá que bater o líder do campeonato, Sordo porque quer apagar a má imagem deixada nos últimos ralis e Solberg porque procura desesperadamente a vitória que lhe continua a escapar. Para os Focus oficiais esperam-se dificuldades com o vencedor do último rali, Jari-Matti Latvala, motivado, mas sem ter no asfalto o seu prato favorito, o que, de resto, acontece também com Mikko Hirvonen. As esperanças da Ford advém da contratação por parte da Stobart do belga François Duval que sempre se deu bem com os ares alemães (três segundos lugares), mas que terá que contrariar a falta de ritmo dos últimos meses.
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