27 de junho de 2010

O dia que eu encontrei Kimi; por Peter Sauber

O dia que eu encontrei Kimi

Fonte: EssiKimi

Tradução: By me, Carol



Vocês sabem, eu ainda não sei porque eu concordei em dar a Kimi Raikkonen um terceiro dia de teste em Mugello no outono de 2000. Naquele momento eu sabia nada sobre ele. O teste aconteceu depois de várias conversas que eu tive com David Robertson, empresário de Kimi. David não é alguém que eu naturalmente confio - como todos os empresários de pilotos ele é um vendedor, e eu ainda chamo ele de vendedor de tapetes toda vez que eu vejo ele! Mas ele vendeu a história de Kimi de tal forma que fiquei intrigado com ele. Eu quis ver quão bom ele realmente era. Nós concordamos nos três dias em Mugello no meio de Setembro, e foi no segundo dia de teste que eu encontrei Kimi pela primeira vez. Nós não nos falamos muito por severas razões. Primeiro, seu inglês estava muito pior que o meu, e ele não fala nada em alemão. Segundo, estava claro que ele gostava do seu próprio espaço e eu decidi não invadí-lo.

Dissemos oi e apertamos as mãos, mas eu não diria que Kimi veio muito educado. Ele estava como um animal tímido que não queria ser perturbado - e animais não são educados. Não nos falamos muito, ele me deu uma clara impressão de que era um jovem homem que sabia exatamente o que queria. Aquela impressão foi reforçada de acordo com que o dia prosseguia e, no fim, eu senti que ele seria capaz de quebrar uma parede para chegar onde queria ir. Ele tinha determinação e foco. Kimi fez um bom travalho para um cara que tinha 23 carros atrás dele. Nós não estávamos esperando que ele quebrasse um recorde de volta, e ele fez quatro voltas no pescoço porque não poderia suportar mais que aquele momento. Seus tempos foram okay mas não excelentes. Ele estava calmo. Eu nunca tinha visto aquilo na minha vida.

Aquilo foi o bastante para mim e Willi [Rampf, diretor técnico da Sauber]. Sabíamos que queríamos ele no carro para 2001, e nem olhamos para sua telemetria, que era muito incomum para nós. Por exemplo, confiamos pesadamente em telemetria, quando assinamos com Felipe Massa para 2002, mas nós não precisamos fazer isso com Kimi. Nós só sabíamos que tinha pouca experiência, mas que ele era rápido. Logo após o teste assinamos um contrato de quatro anos, mas tudo estava dependente da superlicença, que estava em dúvida. Na verdade, ele ainda me intriga que ele foi buscá-la porque não havia tanta oposição. Max [Mosley, presidente] FIA foi bastante sincero, e com razão, porque Kimi tinha upouca experiência. Mas tínhamos toda a papelada necessária e Kimi fez um grande trabalho para nós em 2001, terminando em sexto lugar em sua primeira corrida. Naturalmente, ele se mudou para a McLaren no ano seguinte, como resultado do trabalho duro de Ron Dennis sobre ele. Mika [Häkkinen] se envolveu, tentando persuadi-lo a assinar com a McLaren.

Por volta do Grande Prêmio da Hungria, Kimi tinha feito a sua mente de que ele queria se mudar para a McLaren e eu pude ver imediatamente a mesma qualidade que tinha me atraído - a sua determinação de aço - e essas foi também a razão pela qual o perdi. Uma vez que ele tinha feito a sua mente, era isso. Não havia como voltar atrás. Continuamos a dizer Olá, sempre que nos vemos uns aos outros. Mas eu ainda não consigo acreditar que concordei com ele em fazer o teste de três dias!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

  © Blogger template Brownium by Ourblogtemplates.com 2009

Back to TOP