23 de novembro de 2010

Kimi Raikkonen: "A margem de erro no WRC é bem mais pequena que na F1"

Fonte: AutoSport

O Rali da Grã-Bretanha marcou o final do primeiro ano de Kimi Raikkonen nos ralis, competição onde se tornou no primeiro Campeão do Mundo de Fórmula 1 a vencer uma especial e a marcar pontos numa prova do WRC. O finlandês é de poucas palavras, mas falou o suficiente para confessar que os ralis são mais difíceis, para si, que a Fórmula 1, ou mesmo o quão ficou surpreendido por ver tanta gente - no RoadShow do Rali de Portugal no Porto - quanta a que tinha estado na semana anterior a ver o Papa. Mas não só, pois ainda contou como andou três dias de comboio com a sua equipa, ou de kart num Centro Comercial. Fique a conhecer melhor o finlandês mais adorado e venerado pelos fãs da Fórmula 1 e Ralis.

Martin Holmes: Para os adeptos foi muito bom ter-te no Mundial de ralis, mas para ti como foi?

Kimi Raikkonen: "Não teria vindo se suspeitasse que não iria gostar. Tudo o que fiz nos ralis antes do início desta época deixaram-me a vontade de experimentar com um WRC. Sabia que estes carros eram muito rápidos, mas apesar de não ter sido fácil, foi muito agradável. É completamente diferente da Fórmula 1, e por vezes torna-se cansativo todos os reconhecimentos e as provas. Levantamo-nos cedo e para mim isso é uma coisa nova, mas habituamo-nos..."

MH: Quando olhas para trás neste teu ano com o C4 WRC, foi tão excitante como pensavas?

KR: "Foi mais ou menos o que esperava, e fez-me lembrar os primeiros anos nas pistas. Alguns acidentes, alguns ralis melhores que outros. Eu sabia que ia ser assim complicado mas agora já soa inclusivamente mais natural ouvir as notas de andamento. Levou tempo a adaptar-me, e penso que para o ano vai ser mais fácil. Mas logo se verá o que acontece!"

MH: O que é mais complicado de guiar, um Ferrari ou um Citroen C4 WRC?

KR: "Não serei a pessoa indicada para responder a isso porque os ralis são novos para mim e por isso foi muito complicado. Especialmente com as notas. É preciso uma grande concentração para as ouvir corretamente e na F1 eu sabia exatamente como eram os circuitos, e como tudo iria suceder. Nem sequer tinha de pensar nisso. Provavelmente sucede o mesmo com os pilotos de topo. Os ralis são mais excitantes, há sempre coisa novas a acontecer. Por exemplo no WRC um pequeno erro faz-nos perder muito mais tempo que na F1. Na F1 falhas um ponto de travagem e tens 200 metros de asfalto para recolocar o carro na pista. Nos ralis um erro é quase sempre suficiente para sair de estrada ou mesmo capotar. A margem de erro no WRC é bem mais pequena que na F1."

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