Vettel: "Nada contra Alonso, mas eu preferiria Kimi como companheiro."

Tazio

Uma notícia que vaga entre o bombástico e o delírio veio à tona na noite do último domingo, ao apagar das luzes do GP da Hungria. Luis Garcia, empresário de Fernando Alonso, foi visto conversando com o chefe da Red Bull, Christian Horner, no padoque de Hungaroring, e um dos assuntos tratados teria sido uma provável transferência do bicampeão espanhol ao lugar que será deixado por Mark Webber em 2014.

Caso essa hipotética mudança se concretize, o asturiano formaria com o tricampeão Sebastian Vettel a “dupla dos sonhos” da F1 atual, talvez comparável apenas com o que Ayrton Senna e Alain Prost protagonizaram na McLaren, no fim dos anos 80 (com a diferença de que Vettel e Alonso já são pilotos de carreira consolidada, enquanto o brasileiro ainda buscava sua afirmação definitiva na F1 naquele momento).

Entretanto, nem o próprio piloto germânico enxerga essa possibilidade de forma tão empolgada. Em entrevista ao canal britânico “BBC”, concedida logo depois da prova em Budapeste, o piloto de 26 anos afirmou que preferia virar companheiro de equipe de Kimi Raikkonen, outro nome fortemente cotado para o lugar de Webber, do que de Alonso, com quem já viveu alguns momentos de animosidade ao longo da carreira.

“Eu preferiria Kimi. Tenho que ser cauteloso agora [nesta declaração], mas nada contra Fernando. Eu o respeito bastante como piloto, mas respeito Kimi tanto dentro como fora das pistas, porque ele sempre foi muito honesto comigo. A partir desse ponto de vista, seria um pouco mais fácil”, considerou o atual líder do campeonato.

O próprio Alonso tratou de minimizar as especulações, justificando que a reunião entre seu agente e o chefe da Red Bull era para tratar de outro espanhol, Carlos Sainz Jr., também agenciado por Garcia e pertencente ao programa de jovens talentos da marca de bebidas energéticas. Perguntado se seu nome foi citado durante a conversa, o ferrarista negou, porém sem dar certeza: “Não creio nisso. Não que eu saiba”, ponderou.

Em um artigo publicado em seu blog nesta segunda-feira, o jornalista inglês James Allen lembrou que é de praxe os dirigentes da F1 conversarem com empresários dos pilotos a todo momento, e que, embora o assunto “Alonso” tenha, sim, sido tratado entre Garcia e Horner, a possibilidade de um acordo se confirmar é muito remota.

“Não é raro os agentes conversarem com os chefes de equipe. Acontece o tempo todo. Por exemplo, Richard Goddard, empresário de Jenson Button e Paul di Resta, foi visto por mim saindo de uma reunião com Horner, numa das portas dos fundos do motorhome da Red Bull, no último fim de semana. Isso não significa que nenhum desses pilotos vai para a Red Bull. Mas sempre há conversas a essa altura do ano”, argumentou.

“Fontes sugerem que houve uma conversa sobre Alonso, mas, assim como aquela que Lewis Hamilton teve com Horner em 2011, é muito improvável que isso leve a um casamento”, previu.