Grande Prêmio
Pelo menos em termos de tempos de volta, nenhuma equipe impressionou mais do que a Lotus durante os testes da pré-temporada, nos últimos 30 dias, em Jerez, e depois, em Barcelona. Contando com Romain Grosjean e Kimi Raikkonen, a escuderia de Enstone sempre conseguiu boas marcas, a ponto de fechar os treinos de Jerez (entre os carros de 2012) e de Barcelona no topo das tabelas de tempos.
O bom desempenho exibido pelo novo E20 preto e dourado encheu Eric Boullier de confiança. Apesar de ter minimizado os tempos significativos obtidos nos testes, o comandante da Lotus mostrou que o otimismo está mesmo em alta ao afirmar que a escuderia britânica tem totais condições de alcançar Red Bull e também a McLaren nesta temporada.
Em entrevista ao site da revista britânica ‘Autosport’, o dirigente francês disse que o E20 é muito melhor que o antecessor, o R31, e que o novo carro pode ajudar a Lotus a reduzir drasticamente a diferença em relação às equipes do topo da F1.
“O que é muito encorajador é que mesmo acreditando que eles estão à nossa frente, a diferença em relação ao ano passado caiu, então isso mostra que nós podemos alcançá-los. Obviamente nós temos de trabalhar mais nisso, mas nós podemos reduzir a diferença, e cabe a nós fazer o melhor neste ano e ainda mais no próximo”, comentou o gaulês.
Entretanto, Boullier sabe que os testes nem sempre são um indicativo confiável, principalmente porque cada equipe traz seu próprio cronograma, uma vez que nem todas trabalharam no último mês em configurações de classificação, o que pode dar uma impressão diferente do que os cronômetros mostraram.
“Primeiro de tudo é que este é um teste, então, mesmo que todo mundo esteja olhando para os tempos de volta de todos, nós temos um longo processo durante os testes para avaliar confiabilidade, temperatura [dos pneus]. Então é só teste, a classificação será em Melbourne, e não antes”, ponderou o chefe da Lotus.
Ainda assim, Boullier deixou a pré-temporada da F1 com boas impressões do novo E20, mesmo tendo perdido praticamente toda a segunda bateria de testes por conta de uma falha crônica no chassi 02, mais precisamente na construção da suspensão dianteira.
“O bom é que o carro foi bem desde o primeiro dia em que ele saiu dos boxes. O carro em si foi muito bem desenhado e é claramente um passo à frente em relação aos anos anteriores. Isso nos garantiu uma quilometragem muito maior em Jerez, e depois de nosso pequeno revés, perdendo quatro dias, o último teste não foi ruim”, disse.
“Tivemos de assumir alguns compromissos nos testes porque, como perdemos quatro dias, tivemos de combinar oito dias em quatro, mas no geral não foi ruim.”
“Claramente a base é muito boa. O carro não é fácil, mas os pilotos gostaram dele, eles se sentiram confortáveis e confiantes no carro. Ele está reagindo bem, de acordo com a simulação. Então é uma boa base para começar”, concluiu Boullier.
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