5 de abril de 2013

‘Homem de gelo’ não é tão frio assim, diz família de Raikkonen

Terra

A mãe do finlandês, Paula, disse que nada deixa o filho bravo, triste ou feliz por mais de 15 minutos. A única situação que ela percebeu o contrário foi durante uma consulta médica, quando Kimi tinha 6 anos. O garoto foi colocado de lado para se divertir com brinquedos, enquanto sua mãe conversava com o doutor. Subitamente, ele começou a ficar muito agitado. O médico pensou que Kimi poderia ter algum problema de concentração.

“Era apenas um problema com os brinquedos. Naquela época, Kimi estava interessado em quebra-cabeças e sentiu que o que estava disponível para ele era muito fácil. Ele viu um quebra-cabeça para crianças mais velhas (de 10 a 15 anos) mas não conseguia alcançar. A assistente do médico se recusou a pegar o brinquedo e disse que era feito para crianças mais velhas, não para ele”, conta Paula. “Finalmente, ele conseguiu pegar o quebra-cabeça, colocou as peças no lugar e sorriu”, lembra a mãe. O doutor apenas riu, convencido de que a criança não tinha qualquer problema de concentração”.

A brincadeira preferida certamente deve ter ajudado a desenvolver a concentração de Kimi, a principal característica de um piloto de corridas. O outro traço, a competitividade, foi percebido não muito depois por Paula: “desde pequeno, se eu quisesse que ele me ajudasse em alguma tarefa doméstica – como colocar o lixo para a rua – eu tinha de perguntar no modo oposto. Eu dizia para ele ‘você não vai tirar o lixo, vou fazer isto eu mesma’. Então, assim, ele fazia”. Os pais só perceberam que aquele garoto concentrado e competitivo realmente tinha talento para as corridas quando Kimi tinha 10 anos. Nesta época, ele competia em uma classe júnior de karts na Finlândia. O pai de um dos pilotos, que tinha experiência como mecânico, que notou que aquela criança era especial. Ele disse que com aquela atitude e aquela velocidade, ele poderia chegar longe. Será que o homem imaginou o quão longe?

Rami Raikkonen descreve o famoso irmão como um dedicado membro da família, que gosta de ajudar e de estar perto. Kimi é padrinho de um dos filhos de Rami e constantemente presenteia os sobrinhos com todo o tipo de brinquedos de corridas. “Os garotos competem entre eles como eu competia com Kimi”, conta o irmão. “Nossa relação é muito normal. Nós conversamos quase toda semana, jogamos hóquei no gelo e fazemos alguns esportes juntos. Nós dois temos nosso próprio trabalho e isso toma tempo, especialmente para Kimi que viaja muito”.

Apesar das carreiras seguirem direções diferentes, Toni Vilandes, um experiente piloto de GT, é um dos melhores amigos de Kimi. Os dois começaram juntos no kart e também foram companheiros no serviço militar. “Como corremos em lugares diferentes, não nos vemos muito, mas eu acho que a amizade é para sempre”, diz. Kimi também é padrinho do filho de Toni.

“Eu estava muito surpreso com a volta de Kimi. Quando ele parou, estava tão cansado da Fórmula 1 e vivia dizendo ‘nunca mais’. Eu acho que é uma boa coisa manter uma certa distância de tudo e fazer algo totalmente diferente, como correr de rally. É assim que o seu pensamento muda e você fica cada vez mais forte”, disse o amigo.

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